Foto: Panoramio
Não dá para visitar Porto sem conhecer o Mercado Municipal. Não dá. E também não tem erro: muitos ônibus levam ao Centro da cidade (que se você for reparar no mapa, fica na ponta) e qualquer taxista ou porto-alegrense que se preze sabe chegar lá. E lá chegando, repare na arquitetura, original da construção de 1842. O prédio é lindo e guarda surpresas muito bacanas, como as bancas de revistas antigas, as de especiarias tipicamente gaúchas, tipo ervas para mate, cuias de todos os tamanhos (bem mais baratas que na maioria dos outros lugares), etc, etc, etc.
Surpreende ao visitante o grande número de lojas de artigos para umbanda. Um proprietário de uma dessas bancas me disse que Porto Alegre é a capital que mais comercializa estes artigos no Brasil, (o que eu achei curioso e pretendo descobrir a razão, se é que há alguma).
Na última vez que eu visitei o Mercado, no mês passado, havia um imenso brechó no miolo do prédio, imperdível para quem, como eu, é rata de brechó. Tem coisas simplesmente incríveis e necessárias. E claro, tem as coisas de mercado. Separei aqui algumas dicas:
Banca 43:
Temperos, geléias, especiarias, azeites importados da Grécia, do Líbano; queijos da Holanda e geléias são alguns dos cerca de 800 itens. O bacalhau dos mares (filés de três dedos de espessura) é vendido sem pele e sem espinha.
Boxe 95:
Cachaçaria do Mercado - Para os apreciadores, imperdível. Cachaças mineiras, como as branquinhas Seleta e Boazinha (de Salinas), além das gaúchas e as embebidas em barril de carvalho e bálsamo, como a célebre Havana, estão entre aproximadamente 450 rótulos.
Banca 40:
Essa não tem jeito de deixar pra lá. Mesmo. Os 20 sorvetes feitos de forma artesanal, preparados com frutas e nata batida, são o ponto forte do lugar, que tem também sanduíches- e sopas no inverno. E tem a salada de frutas com sorvete e bomba royal (que vai chantilly e três sabores de sorvete).
Lojas 91 e 93:
Naval - O centenário bar é tradicional e serve comidas típicas, como carreteiro de charque e mocotó, além da "comida da vovó", nhoque caseiro feito em panela de barro.
Você pode continuar o passeio e quando estiver visitando o Santander Cultural (que eu já falei por aqui), ou o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), não deixe de tomar um cafézinho nas cafeterias charmosíssimas deles. No Café do Cobre, do Santander, os cafés são combinados com vinho do Porto e licores (hm...). Você pode almoçar no Bistrô do Margs, (um dos meus lugares preferidos na cidade, de onde dá pra observar as pessoas caminhando, falando ao celular, os camelôs, os policiais; enfim a cidade como ela é). Além do lugar ser acolhedor e a comida, muito boa. Mas se a grana for curta, dá pra almoçar bem no andar superior do Mercado mesmo. Tem boas opções a preços honestos. Mas atenção: no Mercado, a maioria das lojas fecha no domingo. E a maioria das barracas fecha entre 17h00 e 19h00.
Mercado Público Municipal
Largo Glênio Peres/Avenida Borges de Medeiros s/n
Largo Glênio Peres/Avenida Borges de Medeiros s/n
Centro - Porto Alegre
3 comentários:
Que delícia! Um dia, vou pra PoA e quero ter você como guia. ;o))))
terei imenso prazer em fazê-lo. vamos curtir a deliciosa capital gaúcha juntas! ;)
Mônica, sabe por que tanto artigo de umbanda à venda no mercado? Porque - pasme! - o Rio Grande do Sul é o segundo estado do Brasil em quantidade de centros de religiões afrobrasileiras, apesar de ter uma população de origem africana que deve estar por volta dos 15%. So' perde pra Bahia, na religião afro! Soube disso quando fiz uma pesquisa pra Missa dos Quilombos, de Milton Nascimento, Dom pedro Casaldaliga e Pedro Tierra, la se vão uns 30 anos. Grande abraço,
Maria Betânia Ferreira
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