Deu na coluna da Mônica Bergamo de hoje:
" SUSTO
Um rombo que pode variar de R$ 1 milhão a R$ 5 milhões. Estes foram os números da Fundação Bienal apresentados a Andrea Matarazzo, secretário das Subprefeituras de São Paulo, convidado para presidir a entidade. Diante de tal elasticidade, ele ainda não deu resposta ao convite, feito por Julio Landman, ex-presidente da Bienal. Deve fazer isso até o fim da semana.
DOIS E DOIS
Entre as ideias que tem para dar novo fôlego à Bienal, Landman pensa em propor a fusão da Bienal de SP com a Bienal do Mercosul, realizando um único evento, a cada dois anos, que se revezaria entre São Paulo e Porto Alegre. Ou seja, a capital paulista teria uma Bienal a cada quatro anos."
Acho que saio ganhando nessa história né? Se bem que as Bienais andam meio chatas, aqui entre nós.
Vamos ver se tem pichação em Porto também.
terça-feira, 14 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Joie de Vivre
Foto: Reprodução
Matéria da Revista da Folha de ontem, sobre o ano da França no Brasil: Voilá – Um jeito francês de encarar São Paulo, ou franceses que trocaram Paris por São Paulo.
Primeira coisa que vem à cabeça: tem louco pra tudo mesmo. Segunda coisa: Eu faria a troca às avessas. Terceira coisa: Vai ver, não tiveram escolha.
Engano: alguns vieram por livre vontade! E se for perceber o que ninguém percebe quando está perto demais, há bons motivos para a troca. Tomo a liberdade de retransmitir alguns trechos de depoimentos:
“São Paulo é mais parecida com a Europa do que se pensa”.
Michael Magnin – dono de grife infantil
“Se você resiste no começo, se apaixona ao descobrir os segredos e as possibilidades de uma cidade que tem, por exemplo, uma galeria só com lojas de rock, onde meu filho menor perde a noção do tempo”.
Thierry Valentim – antropólogo
“(...) Nem para perguntar o que significa Anhangabaú com Tamanduateí. Em tupi, ‘lugar poluído e insuportável que a gente adora!’”
Alain Fresnot, cineasta.
“Antípoda de Paris, cidade-museu, condenada à imutabilidade, esmagada pelo próprio peso, São Paulo é uma cidade em acontecimento. Esse monstro urbano, faminto e caótico, escreve a sua própria história. Enquanto a ‘ville-lumière ilumina o seu passado, São Paulo é um farol para o futuro.”
Guillaume, Olivier e Gregory, arquitetos.
“Paris é uma cidade organizada. São Paulo, não. Mas essa desorganização me estimula muito mais”.
Jean-Thomas Bernardini, empresário.
Primeira coisa que vem à cabeça: tem louco pra tudo mesmo. Segunda coisa: Eu faria a troca às avessas. Terceira coisa: Vai ver, não tiveram escolha.
Engano: alguns vieram por livre vontade! E se for perceber o que ninguém percebe quando está perto demais, há bons motivos para a troca. Tomo a liberdade de retransmitir alguns trechos de depoimentos:
“São Paulo é mais parecida com a Europa do que se pensa”.
Michael Magnin – dono de grife infantil
“Se você resiste no começo, se apaixona ao descobrir os segredos e as possibilidades de uma cidade que tem, por exemplo, uma galeria só com lojas de rock, onde meu filho menor perde a noção do tempo”.
Thierry Valentim – antropólogo
“(...) Nem para perguntar o que significa Anhangabaú com Tamanduateí. Em tupi, ‘lugar poluído e insuportável que a gente adora!’”
Alain Fresnot, cineasta.
“Antípoda de Paris, cidade-museu, condenada à imutabilidade, esmagada pelo próprio peso, São Paulo é uma cidade em acontecimento. Esse monstro urbano, faminto e caótico, escreve a sua própria história. Enquanto a ‘ville-lumière ilumina o seu passado, São Paulo é um farol para o futuro.”
Guillaume, Olivier e Gregory, arquitetos.
“Paris é uma cidade organizada. São Paulo, não. Mas essa desorganização me estimula muito mais”.
Jean-Thomas Bernardini, empresário.
Show de Buddy Guy em Porto Alegre
Primeiro show que assisto em Porto. E apesar de não gostar da atmosfera pesada, claustrofóbica e consumista dos shoppings, (em qualquer lugar), devo admitir que o Teatro do Bourbon Country é coisa bem linda. Nos arredores do andar, bons restaurantes, pubs e até uma área externa, tudo bem pensado pra gente esquecer que está em um centro comercial. E funciona.
O teatro em si também é muito bom. Ótima iluminação, bons ângulos e cadeiras confortáveis. Já a acústica, achei boa até demais e por vezes as notas dissonantes da guitarra do legendário e genial Buddy Guy, de quem sou fã, agrediram um pouco a audição. Mas como não entendo nada disso, pulo essa parte. Tá certo que alguns shows ficam melhores em casas de espetáculos com telões e serviço de bar (que nunca funcionam muito bem), mas limito-me a dizer que, de um modo geral, o lugar está de parabéns.
Só as pessoas me incomodaram um pouco, embora isso seja bem fácil de acontecer. Meu marido (a quem pertencia o ingresso acima), havia me dito, uma vez, que a platéia da capital gaúcha era fria de um modo geral. Nada mais falso. Nunca ouvi tantos assovios, manifestações de carinho, gritos e opiniões pessoais de forma muito eloquente durante TODO o show. Sem contar um “Dá-lhe Grêmio!”, atrás de mim, que não combinava nada com aquele artista fenomenal (e que certamente não entendeu nada). O mesmo gremista que não parou de falar um minuto durante todo o show, desrespeitando na maior cara de pau quem pagou (e não foi pouco) para escutar música de qualidade.
Não sei explicar, mas acho que, neste caso, o paulistano é mais conformado. Aposto que Buddy achou o público gaúcho bem mais animado, mas para quem tava sentadinha escutando manifestações o tempo todo confundindo-se com a música...senti falta de outro Bourbon, o Street. A melhor casa de shows do Brasil. Sorry gauchada.
O teatro em si também é muito bom. Ótima iluminação, bons ângulos e cadeiras confortáveis. Já a acústica, achei boa até demais e por vezes as notas dissonantes da guitarra do legendário e genial Buddy Guy, de quem sou fã, agrediram um pouco a audição. Mas como não entendo nada disso, pulo essa parte. Tá certo que alguns shows ficam melhores em casas de espetáculos com telões e serviço de bar (que nunca funcionam muito bem), mas limito-me a dizer que, de um modo geral, o lugar está de parabéns.
Só as pessoas me incomodaram um pouco, embora isso seja bem fácil de acontecer. Meu marido (a quem pertencia o ingresso acima), havia me dito, uma vez, que a platéia da capital gaúcha era fria de um modo geral. Nada mais falso. Nunca ouvi tantos assovios, manifestações de carinho, gritos e opiniões pessoais de forma muito eloquente durante TODO o show. Sem contar um “Dá-lhe Grêmio!”, atrás de mim, que não combinava nada com aquele artista fenomenal (e que certamente não entendeu nada). O mesmo gremista que não parou de falar um minuto durante todo o show, desrespeitando na maior cara de pau quem pagou (e não foi pouco) para escutar música de qualidade.
Não sei explicar, mas acho que, neste caso, o paulistano é mais conformado. Aposto que Buddy achou o público gaúcho bem mais animado, mas para quem tava sentadinha escutando manifestações o tempo todo confundindo-se com a música...senti falta de outro Bourbon, o Street. A melhor casa de shows do Brasil. Sorry gauchada.
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